segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O artigo do Avante que analisa o BE

O artigo "Bloco de Esquerda, um neo-reformismo de fachada socialista" pretende fazer uma análise sobre o Bloco e o seu pensamento. Para tal recorre à citação de várias opiniões, de vários dos seus dirigentes; diga-se, em abono da verdade, várias vezes citadas de forma desenquadrada do seu contexto e com espaços temporais que chegam aos 19 anos. Será interessante equacionar alguns dos critérios dos marxistas para analisar um dado partido ou movimento político.
1. Nas lutas política concreta como se tem posicionado esse partido? Posiciona-se em combate ao capitalismo? Denúncia a exploração dos trabalhadores e coloca-se ao seu lado? Rejeita propostas legislativas atentatórias da democracia ou dos interesses de classe populares? Apresenta propostas positivas para os interesses sociais e os serviços públicos? Apresenta propostas de apoio aos trabalhadores? Ataca a especulação financeira e o grande capital? Rejeita a guerra e a política imperialista?
2. Como se posiciona quando os trabalhadores estão em luta? Apoia as reivindicações da classe? Junta-se aos protestos dos trabalhadores e dos sindicatos mais combativos? Dá a cara quando a classe é fustigada pelos despedimentos, pelo desemprego ou pela precariedade? Dá a cara em apoio aos lutadores sociais? A maioria dos seus activos sindicais posiciona-se em sindicatos mais à esquerda ou alinha em sindicatos colaboracionistas?
3. Os seus documentos políticos afirmam uma política de esquerda? A sua ideologia define-se em que pilares fundamentais? A sua linha apresenta-se em demarcação do regime capitalista? Os seus estatutos são democráticos? Onde se apresenta o fio condutor da sua linha política, no campo do anti-capitalismo ou no campo do colaboracionismo?
4. Onde está a sua base de apoio? Como é a sua composição orgânica? Como reage ela à luta social e política?
O autor do citado artigo não prestou atenção a nenhum dos critérios de classe que fazem uma análise minimamente marxista - fez um trabalho desqualificado.
Esse artigo poderia ter sido um fomentador de um debate político e ideológico elevado. A esquerda, para crescer, não precisa - mas acima de tudo não deve - centrar em si própria o centro do seu ataque. Mas deve fazer luta política, esta é uma coisa boa. Divergência é uma coisa boa.
Mas desqualificação vendida a jorros é uma inutilidade. Manuel Jara só conseguiu fazer uma demonstração de incompetência.
A classe trabalhadora tem desafios e respostas a encontrar. Sendo a classe cada vez mais heterogénea e plural é natural que as respostas não sejam imediatamente coincidentes. Que haja então uma elevação no debate político e ideológico.

1 comentário:

Anónimo disse...

"E o que afirmam estes "comunas", antigos adoradores de Enver Hoxa e do estalinismo albanês?"

pois é tudo muito bonito.

E quando é que nos falas aqui no teu beco iluminado da verdade, dos teus tempos de trotskista "moronista" e do teu carneirismo da LIT?

Com as críticas que teces a todas essas correntes, parece que és isento de erros de análise... Ou que és o profeta, o "Arnaldo de Matos" do cosmopolismo político.

O Rui Faustino é um camaleão espectacular, venera o PCP, critica o estalinismo, venera Trotsky e reve-se no "socialismo do séc XXI" de Chavez e tem um ódio de morte ao bloco, por na altura não ter entrado no CC da Ruptura/FER, mas isso não interessa pois não Rui, isso tira-te a genica Revolucinária! Ora bem o Rui Faustino, começou também a ser um cromo de qq manifestação, como grande doutrinador que é, desloca-se a todas as ondas contestativas de maior porte, entrega os seus manifestos para despertar a CONSCIÊNCIA DE CLASSE dos operários.

O Rui Faustino não passa de um mimado sectário. Não se revê em nenhum Partido, todos eles têm direcções traidoras e depois suga tudo o que vier da América Latina, eu acredito que tenha muito conhecimento de campo para afirmar com tanta certeza o que por cá profere.

Encontra defeitos em todo o lado (tirando Chavez), saltou daqui e para ali, a nível partidário, nunca ninguém teve paciência suficiente para o aguentar, sem nunca ter sido expulso, devido à reduta significância que sempre teve, saiu em ruptura com a ruptura/fer (por exemplo), acusando a eles e ao BE de tudo e mais alguma coisa, na busca desenfreada do protagonismo...

Nessa citada onda, atropela tudo o que é conceitos, o marximo do Rui é como uma farmácia depois de uma terramoto e um tornado, encontra-se na mesma de tudo, mas tudo fora do sítio e completamente baralhado.

Tem paciência Rui, veste calças e deixa as fraldas