terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Suspirai, finalmente o Tratado de Lisboa


Finalmente.

Cerca de cinco anos, que canseira (!!!), depois entra hoje em vigor o Tratado de Lisboa. Depois de inúmeros ziguezagues para retirar os povos do direito de opinar, depois de impedir referendos nuns países e obrigar a realizá-los noutros até que dessem voto sim, depois de revisões constitucionais para permitir referendos que nunca se realizaram, depois de imensas promessas e chantagens aos povos…

Cinco anos depois o povo continua sem conhecer o Tratado.

Eis a burguesia europeia no seu melhor. Eis os que tudo fizeram para impedir a democracia mesmo a mais elementar, a burguesa; eis o que atrelaram a Europa à NATO e nos consagraram o direito a procurar emprego – não o direito ao emprego…

Perante um poder europeu a esquerda faz bem em apresentar uma alternativa europeia de poder anti-capitalista. Que não haja dúvidas e acabe a cegueira dogmática: a contradição entre o Estado nacional e o imperialismo não é a contradição principal – a contradição fundamental é cada vez mais entre o trabalho e o capital. O nacionalismo só alimenta o conservadorismo – em França alimentou o Le Pen. A esquerda e os comunistas em particular têm uma outra referência: o internacionalismo!

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