Perante uma enorme moção de censura popular o governo meteu-se na toca. Sócrates não teve coragem para vir dar a cara. Preferiu continuar a queimar uma ministra em quem já ninguém acredita.
Quando o Bloco apresentou a moção de censura ao governo pelo incumprimento da palavra quanto ao referendo europeu, Sócrates saiu no dia seguinte com uma novidade para fazer esquecer o assunto. Agora Sócrates não teve novidade - a não ser que seja a demissão da ministra.
A derrota política do governo com esta autêntica moção de censura popular é também patente na desorientação do ministro dos Assuntos Parlamentares. Aquele que é escolhido para enfrentar os debates mais difíceis no parlamento, conhecido pela sua capacidade argumentativa e pela sua cultura política, desorientou-se e demonstrou que a "escola socrática" só lhe faz mal ao sistema nervoso.
domingo, 9 de março de 2008
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1 comentário:
Tentando manter as aparências, de que segue em frente, o governo foi obrigado a recuar. O PS partiu-se e de nada valeu a vitimização e a táctica da ministra de dizer que era tudo bom - só os professores não percebiam. O toque de finados terá sido dado por António Vitorino. Sócrates mantêm-se em silêncio - é assim quando há protesto.
As notícias já davam contam de uma espécie de desobediência colectiva nas escolas.
Com esta coisa da educação, o governo parece Tarik Aziz quando se fazia filmar no centro de Bagdad para negar a invasão. Tá tudo bem!
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