Jerónimo de Sousa dá, ao Avante desta semana, uma entrevista sobre Angola e o MPLA.
Só lendo se acredita. Jerónimo de Sousa refugia-se nas questões nacionalistas para não falar nas questões de classe, do poder, da caracterização real da sociedade! O secretário-geral do PCP esquece a vida do povo, a brutal exploração vigente, a subordinação ao enriquecimento privado de uns poucos e em particular da família de José Eduardo dos Santos. Esquece as crescentes ligações à burguesia portuguesa e internacional de que são exemplos a GALP ou as telecomunicações.
Sugerindo a leitura aqui, passamos apenas esta pequena e elucidativa passagem:
"Como é que o MPLA se define do ponto de vista político?
No essencial, define-se como uma força progressista, de esquerda e africana.
Explica lá isso melhor...
Traduzido no plano ideológico não é fácil. O MPLA afirma ser uma força que quer rever-se nos objectivos pioneiros da revolução libertadora, que olha para o mundo com preocupação, tendo em conta a globalização capitalista e este esforço do imperialismo de reavivar algumas teses e objectivos neocolonialistas. É aqui que se coloca o grande ponto de interrogação, ou seja, trata-se de saber o que é flexibilidade táctica ou estratégica e o que é cedência com consequências profundamente negativas, designadamente no plano ideológico. Como já referi, o MPLA acolhe no seu seio diversas tendências, que depois no plano governativo e no plano do desenvolvimento económico e social continuam a ser uma incógnita. Mas existe a vontade de não transformar a sociedade angolana numa sociedade capitalista no sentido clássico é um objectivo. Consegui-lo-á? Essa é a questão."
3 comentários:
MPLA, PCChinês, desde que seja poder tá-se bem?
ESte Jerónimo anda com a cabeça atrapalhada!
Jerónimo escuta, os angolanos estão em luta.
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