sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Notas sobre a luta dos professores


Chegou-nos um e-mail que merece divulgação. Trata a situação da luta dos professores e é escrito por João Paulo, do SPN.
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Bom...
vamos por partes...
1) tivemos a Maria de Lurdes, o Valter Lemos, o Pedreira.... e o Sócrates... ora, isso tudo foi-se?
Não... aliás o líder é o mesmo, ou seja, não vamos esperar milagres, ok?
2) No parlamento há uma nova realidade- governo perdeu maioria. O acordo PS / PSD nesta materia penso (eu, JP) que foi, em parte, positivo porque permitiu ter a garantia que o "actual" tempo de serviço, destes 2 últimos anos é contado direitinho. Tudo o resto interessa zero!
3) As negociações que estão a decorrer são sempre à 4ª feira e vai estar em cima da mesa o estatuto e a avaliação, bem como a formação e outros assuntos.
4) Até ao momento temos duas propostas do ME, sendo que ambas são ainda declarações de intenções, ainda longe do articulado legal
- Estatuto / Carreira (pdf)
- Avaliação (pdf)
5) Sugiro que leiam os documentos - são breves e permitem perceber melhor o que o ME pensa.
6) Nós, FENPROF, também temos uma proposta:
7) Em síntese, o ME acaba com a carreira dividida em categorias, acaba com o nome titular, mas quer criar 3 barreiras com quotas e vagas - 3º, 5º e 7º escalões.
A carreira, antes de 26 anos até ao topo, passa a ser de 35 anos, dividida em escalões de 4 anos. Aqui, claro, ficamos a perder e muito!
Diria que a postura negocial é outra, mas a proposta é pior. O fim dos titulares é uma medida positiva, as vagas e as quotas nem pensar.
8) Quanto a avaliação, temos um sistema de formação + tempo de serviço + objectivos de escola.
Quando chegar o momento de concorrer ao 3º 5º ou 7º teremos que ter aulas assistidas.
Vamos todos continuar atentos, comecem a ver na agenda um dia para voltar a encher Lisboa... porque isto vai ser duro... Para terem uma ideia, andei a ver uns números. Há 32 mil profs à porta do "novo" terceiro escalão. O maior salto salarial é do 6º para o 7º.... percebem agora porque é que eles querem aí as vagas? Para poupar, pois claro.
Mas... um professor custa ao longo da carreira de 40 anos 1 milhão e trezentos mil contos... isso, no meio de qualquer sucata, de qualquer BPP ou BPN ou... Mota-Engil, ou... são trocos...
Mas, a argumentação vai ser por aqui: os professores custam muito dinheiro e estamos em tempo de crise...
Nota final: e o que fazer nas escolas onde tem que se entregar objectivos "agora"?
NADA - só a burrice de alguém pode pensar que pode exigir a entrega de objectivos para um processo que sabe, está MORTO e enterrado...
sugiro a leitura do ponto 4 da proposta do ME a quem tiver dúvidas:
Se o Director continuar a insistir e na impossibilidade de o colocar no canto da sala, reafirmo: não entregues porque nada irá acontecer. Se isto era verdade há um ano, muito mais é agora!
Paulo Silva

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