O império achou que podia controlar o Iraque. Fora do jogo dos sistema capitalista normalizado e do comércio monopolista o Iraque e as suas riquezas eram um pitéu apetecível. Além do mais, as multinacionais tinham dificuldade em integrar o território e a sua economia nos seus lugares de lucro. Bombardear o Iraque não afectava as fábricas da VW, da Intel, da Wallmart…
O ataque foi rápido e mediatizado. As recentes maravilhas da máquina de guerra imperialista desfizeram rapidamente a resistência. As TVs até davam conta de alguns festejos populares.
Mas parece que não há sol que sempre dure. Uma coisa foi ocupar e derrotar militarmente, outra foi exercer um sistema de poder “normalizado” e rapinar eficazmente o petróleo. A pouco e pouco o caos instalou-se. O governo não governava, o petróleo não saía, a crise tornou-se fome , matança, desespero total. Todos contra os ocupantes e todos contra todos.
Caiu a mentira que sustentava politicamente a guerra e a pouco e pouco caíram os aliados dos EUA. Agora até os ingleses falam em retirada – se Brown quizer ganhar as eleições.
A guerra não dá lucro, tornou-se um sorvedouro de dinheiro.
A guerra tornou-se uma derrota militar. Todos os dias caem militares norte-americanos vitimados por bombistas suicidas – uma das novidades desta guerra. Todos os dias as Tvs americanas anunciam que morreram mais uns tantos.
A mediatização dos caixões é tal que o governo proibiu que se filmasse a sua chegada. A mediatização da morte dos soldados é o facto novo que traz a derrota para dentro das portas do centro do império.
Agora as comparações são com o Vietname apesar de ainda ter morrido um décimo dos americanos que morreram nesse país. É a mediatização que marca a diferença.
A derrota é total, militar, política, ideológica, económica.
O problema agora é outro, é como sair, e aí voltam as imagens do Vietname. O problema agora já não é como ficar, é como sair.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
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