por: Pina Gonçalves
in jornal Avante! Nº 1808 24.Julho.2008
Por Gilvan Rocha
Lembramos muito bem quando se iniciou na Colômbia, inspirado no exemplo da revolução cubana, um movimento guerrilheiro de natureza essencialmente nacionalista. Apesar de seu caráter politicamente limitado, dentro do espírito "pátria ou morte venceremos", o movimento guerrilheiro colombiano, como tantos outros, era dotado de altos predicados morais. Os anos se passaram e, através de um processo de degradação, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - FARC - se degeneraram em decorrência de sua íntima proximidade com o narcotráfico e de outras formas de banditismo.
A direita está em festa diante dos seguidos golpes que as FARC vêm sofrendo. Aproveita esses fatos para desautorizar os que defendem o caminho insurrecional como única alternativa para se chegar ao poder, dizendo que essa época já passou. Agora é a hora da institucionalidade, hora do "socialismo constitucional" levado a cabo pela Venezuela, Bolívia, Equador, Chile, Paraguai e (por que não incluir?) o Nepal. Inclusive, o nosso sábio presidente deu uma bela aula a esse respeito dizendo que, hoje, vivemos um momento democrático e quem quiser basta se organizar politicamente e conquistar o poder.
Ora, o nosso metalúrgico - assim como a maioria dos cientistas políticos formados nas mais diversas academias burguesas para servirem, a preço de mercado, a própria burguesia - não entende que a via institucional tem nos levado, no máximo, a governos, nunca ao poder. Por seu turno, eles não explicam como se pula do governo para o poder, isto é, caso eles queiram construir um novo poder a serviço da tão sonhada emancipação da humanidade dos grilhões do capitalismo, o que não parece ser o propósito desses senhores que, pelo visto, preferem tentar conciliar o inconciliável, conciliar explorados e exploradores, o justo e o injusto, a verdade e a mentira.
As distorções na caminhada socialista, que produziram estados policiais e outras barbaridades, serviram e servem de empecilho à propaganda anticapitalista e não merecem ser defendidas, mas sim expurgadas.
Gilvan Rocha é presidente do Centro de Atividades e Estudos Políticos – CAEP , artigo publicado aqui em Correio da Cidadania
Título da responsabilidade deste blogue, no original "AS FARC"
Eis a foto de uma das presidentas mais sexy do planeta.
As 21 finalistas a Miss Odivelas visitaram os Passos do Concelho e reuniram com a presidente de câmara Susana Amador. A importante notícia é nos transmitida pelo site da CMO.
O site diz que a Susana incentivou as jovens a lutarem pelos seus sonhos. Ai que bonito! Que simpático. Teria sido interessante estar presente, ouvir as conversas da Susana:
“ Rita, qual o teu sonho? Óh senhora presidenta, o meu sonho era ser actriz. Veja minha bunda bonita, meus seios roliços, minha cintura estreita (…) diga lá que eu não sou mais jeitosa que a Soraia Chaves?
E tu Felisbela? Qual o teu sonho? Ser presidenta como a senhora, poder tirar assim fotografias de pose em frente à secretária, aparecer 8693 vezes por ano nas revistas da câmara (…) presidenta é bué fixe, ganha-se bem não é?
Minha linda Margarida e tu? Sra presidenta, eu sou uma menina modesta, só queria mesmo um jardim lá no meu bairro. Quando a gente foi para o bairro pensou que os terrenos ao lado eram para jardins, mas foi tudo para prédios. Pronto Margarida passemos à Leopoldina.
Olá minha querida, que idílica fragrância emanas! Fragrância sra presidenta? Ah é o novo da Channel, não conhece? “
Terão sido assim as importantes conversas entre a Susana e as misses?
Nota: Não se encontraram fotos em biquíni. Faça a sua reclamação para o site da CMO.
A entrevista do líder do Partido Comunista do Brasil, Renato Rabelo, ao Avante, peca por uma omissão significativa: não fala nos problemas dos trabalhadores brasileiros. E a resposta à pergunta sobre a perseguição aos Sem Terra é uma coisinha tão social-democrata que era digna de figurar nas publicações da Internacional Socialista.
Na contínua lógica de que o governo está sempre em disputa, o PCdoB tem sustentado o apoio a um governo que conseguiu – isso é verdade – um reforço da economia capitalista brasileira, da expressão do agro-negócio, da contínua destruição da Amazónia, da destruição das terras e dos direitos dos índios em prol da especulação capitalista. Reconhece-se que as medidas de caridade atingem hoje 11 ou 12 milhões de pessoas - mas quanto a medidas de alteração das relações de produção, de alterar a forma de relacionamento das pessoas na sociedade que criam essa permanente pobreza as medidas de governo Lula são - não só quase nulas - mas quase sempre favorecedoras dos capitalistas.
Seria interessante Renato Rabelo dizer a sua opinião sobre a posição de lideranças do PCdoB em lugares estratégicos e de responsabilidade para o capitalismo brasileiro como a indústria do petróleo, da energia nuclear, do espaço…
Mas esta de dizer que a criação da Unasul combate o imperialismo parece uma tirada à Mao Tse-tung. Diógenes Arruda, João Amazonas, ai se vocês lessem isto!